O país tem seus opostos, quem conhece ama ou odeia, não há meios termos para um lugar tão diferente do que estamos acostumados, totalmente fora da nossa zona de conforto, aqui a gente vê coisas lindíssimas, como os templos, por exemplo. E somos surpreendidos por situações não tão agradáveis como ver uma vaca comendo lixo nas ruas com o odor empesteando quem passava juntamente seguidos por muitas moscas (há diversos "lixões" pelas maiorias das ruas), mas com o passar dos meses isso não me incomodava mais, o que doía eram as crianças pedintes: descalças, sujas dos pés à cabeça com olhares sofridos e implorando por comida.
Em contrapartida ir à um templo após um dia de trabalho te renova e te deixa mais feliz, eu pelo menos, sinto isso: a fumaça dos incensos, o som das cantorias e a fé dos fiéis hindus é fortificante. Em um mesmo lugar avista-se um belo templo com esculturas em cores, e na porta do mesmo crianças de rua que em suas bocas pediam uns trocados e em seus olhos pediam ter de volta a sua infância... Dói, é um caos! Mas ao me aproximar delas dando biscoitos e alguns doces elas me abraçam e quando vejo estou rodeada de crianças e aí senti a tal magia que supera o caos. É a magia não apenas dos lugares, das roupas, dos templos, das jóias, dos sares voando estendidos nos varais nas janelas, dos tuk-tuks enfeitados... Mas também é a magia do povo. Essa é a tal de Índia que me foi apresentada com muita alegria e receptividade.
Namastê! O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você!
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